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Assisti, na semana passada, à apresentação do livrinho Economia Portuguesa – As últimas décadas, de Luciano Amaral, em que um dos comentadores foi Eduardo Catroga.
Edição da Fundação Francisco Manuel dos Santos, de que o sociólogo António Barreto é um profícuo ideólogo, integra uma coleção que visa a análise cuidada da nossa sociedade.
Os comentários de Catroga centraram-se na percentagem de convergência de Portugal relativamente à dúzia de países europeus mais desenvolvidos. Ao abordar as décadas mais recentes, defendeu, muito empolgado, a redução do Estado social. Redução para nível compatível pelo nosso atual desenvolvimento, esclareceu.
Fico à espera que proponha, com igual veemência, a criação de um escalão especial de solidariedade do IRS que sobretaxe as reformas e pensões multi-milionárias. Ele que se reformou da Soponata com 3.000 contos por mês (três mil contos, quinze mil euros)!!!
Veríamos, assim, a sua taxa de patriotismo e o seu contributo para o equilíbrio das contas públicas do Portugal das classes baixas.
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quinta-feira, 30 de setembro de 2010
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Duplicações policiais
A Associação dos Profissionais da Guarda diz que os blindados anti-motim que vão ser comprados para a PSP já existem na GNR e que isso constitui duplicação de recursos.
Será verdade, porém, a maior duplicação é a destas duas polícias. A PSP policia os meios urbanos e arrabaldes das grandes cidades e a GNR é a polícia rural, com muitas exceções. E é também a força de reserva do Estado para o caso de a PSP se amotinar. Os políticos não usam esta terminologia, mas o caráter militar da GNR tem essa única finalidade.
A duplicação destas duas entidades, com cerca de 20.000 funcionários cada, deve ser objeto de reflexão, pois consome demasiados recursos. Meios materiais duplicados, quartéis e esquadras, logística, escolas e cadeias de comando paralelas.
Como a salvaguarda de operacionalidade policial é um imperativo imprescindível à sobrevivência da democracia, uma fusão daquelas instituições sugere uma Polícia Nacional com estatuto militar. Por isso, nessa altura, os agentes da PSP que não queiram assumir tal estatuto irão à sua vida.
Nesta época de grande aperto financeiro, estamos no tempo certo para poupar, evitando duplicações. Não foi o que se fez.
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Será verdade, porém, a maior duplicação é a destas duas polícias. A PSP policia os meios urbanos e arrabaldes das grandes cidades e a GNR é a polícia rural, com muitas exceções. E é também a força de reserva do Estado para o caso de a PSP se amotinar. Os políticos não usam esta terminologia, mas o caráter militar da GNR tem essa única finalidade.
A duplicação destas duas entidades, com cerca de 20.000 funcionários cada, deve ser objeto de reflexão, pois consome demasiados recursos. Meios materiais duplicados, quartéis e esquadras, logística, escolas e cadeias de comando paralelas.
Como a salvaguarda de operacionalidade policial é um imperativo imprescindível à sobrevivência da democracia, uma fusão daquelas instituições sugere uma Polícia Nacional com estatuto militar. Por isso, nessa altura, os agentes da PSP que não queiram assumir tal estatuto irão à sua vida.
Nesta época de grande aperto financeiro, estamos no tempo certo para poupar, evitando duplicações. Não foi o que se fez.
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Justiça, teatro ou encobrimento?
Parlamento islandês decidiu processar o ex-primeiro-ministro Geir Haarde, que governava o país na altura em que o sistema financeiro se afundou, em Outubro de 2008, por “negligência”. http://www.publico.pt/Mundo/parlamento-islandes-processa-primeiroministro-que-governava-quando-pais-faliu_1458406
Oiço e acredito que os sistemas complexos não se desmoronam devido a uma única causa.
A bancarrota islandesa não fugirá à regra.
Então para quê este espectáculo, tanto mais que o único visado, com cancro, talvez nem possa ser réu presencial no tribunal especial constituído para o julgar?
Também por lá se arranja um bode expiatório para proteger muitos outros responsáveis pelo descalabro!?
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Oiço e acredito que os sistemas complexos não se desmoronam devido a uma única causa.
A bancarrota islandesa não fugirá à regra.
Então para quê este espectáculo, tanto mais que o único visado, com cancro, talvez nem possa ser réu presencial no tribunal especial constituído para o julgar?
Também por lá se arranja um bode expiatório para proteger muitos outros responsáveis pelo descalabro!?
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terça-feira, 28 de setembro de 2010
Império muito útil
Vi, recentemente, fotos de Cuba, tiradas por quem lá esteve em Agosto, que evidenciam a decadência dos edifícios e a confrangedora pobreza dos cubanos. O carro aqui reproduzido é da mesma idade dos que observei então.
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Agora, o co-ditador Castro vem dizer que "A nossa revolução foi confrontada pelo império mais poderoso do mundo, o império 'yankee'(...) http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1673399&seccao=EUA e Am%E9ricas
Instala uma férrea ditadura que assassina milhares de pessoas, traindo a expectativa do povo, adopta métodos que estrangularam a economia e no mês passado reconhece que o modelo é inadequado.
Acrescenta agora que o culpado é o poderoso vizinho. Os EUA não têm nada de santos, mas são bons alvos para apontar o dedo quando a cegueira e a ganância pelo poder não deram resposta às necessidades dos Cidadãos cubanos.
A inconsistência é doentia e a doença chama-se ditadura. Uma ditadura com meio século. Meio século de atraso.
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Instala uma férrea ditadura que assassina milhares de pessoas, traindo a expectativa do povo, adopta métodos que estrangularam a economia e no mês passado reconhece que o modelo é inadequado.
Acrescenta agora que o culpado é o poderoso vizinho. Os EUA não têm nada de santos, mas são bons alvos para apontar o dedo quando a cegueira e a ganância pelo poder não deram resposta às necessidades dos Cidadãos cubanos.
A inconsistência é doentia e a doença chama-se ditadura. Uma ditadura com meio século. Meio século de atraso.
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segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Diabão esturrica barão
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“Pedro Passos Coelho foi um anjinho” segundo Marcelo R. Sousa, na TVI de ontem, sobre... não importa o quê.
Com este carimbo de verdinho, verdinho, não interessa o tema em apreço. O que conta é que acendeu o rastilho que espatifará a ambição do actual barão-em-chefe do seu partido, o PSD.
Não fosse o aperto em que o país está metido e já se fariam apostas em Cascais sobre quantos meses aguentaria PPC.
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“Pedro Passos Coelho foi um anjinho” segundo Marcelo R. Sousa, na TVI de ontem, sobre... não importa o quê.
Com este carimbo de verdinho, verdinho, não interessa o tema em apreço. O que conta é que acendeu o rastilho que espatifará a ambição do actual barão-em-chefe do seu partido, o PSD.
Não fosse o aperto em que o país está metido e já se fariam apostas em Cascais sobre quantos meses aguentaria PPC.
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Jardins para Lisboa
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A mensagem é sugestiva, mas chega em contra-mão. As hortas são próprias do campo, onde há espaço para agricultar a terra e dela colher para os que disso vivem e para os outros. Por cá e por lá, em todos os lá do nosso planeta.
Vamos pegar na ideia subjacente à pichagem e votar em mais jardins para a cidadade de Lisboa e para todoas as nossas cidades, vilas e aldeias (ainda há vilas e aldeias, apesar do provincianismo dos políticos, do Cavaco, a Sócrates e até aos autarcas!).
Fazem-se novos bairros e aparece um pedacinho de relva com três acácias a que a Câmara chama jardim... Errado!
Jardim é coisa grande, com muitas, mesmo muitas árvores. Até o Jardim Constantino, em Lisboa, é uma coisita. Se for mais pequeno do que o Jardim da Estrela é apenas miragem.
A cidade espanhola de Vitória, Gasteiz em basco, segundo informação municipal de há uma meia dúzia de anos, teria 40% do território coberto por espaços verdes.
Era bem bom que as autarquias portuguesas reservassem para jardins um terço dos espaços a urbanizar .
A mensagem é sugestiva, mas chega em contra-mão. As hortas são próprias do campo, onde há espaço para agricultar a terra e dela colher para os que disso vivem e para os outros. Por cá e por lá, em todos os lá do nosso planeta.
Vamos pegar na ideia subjacente à pichagem e votar em mais jardins para a cidadade de Lisboa e para todoas as nossas cidades, vilas e aldeias (ainda há vilas e aldeias, apesar do provincianismo dos políticos, do Cavaco, a Sócrates e até aos autarcas!).
Fazem-se novos bairros e aparece um pedacinho de relva com três acácias a que a Câmara chama jardim... Errado!
Jardim é coisa grande, com muitas, mesmo muitas árvores. Até o Jardim Constantino, em Lisboa, é uma coisita. Se for mais pequeno do que o Jardim da Estrela é apenas miragem.
A cidade espanhola de Vitória, Gasteiz em basco, segundo informação municipal de há uma meia dúzia de anos, teria 40% do território coberto por espaços verdes.
Era bem bom que as autarquias portuguesas reservassem para jardins um terço dos espaços a urbanizar .
domingo, 26 de setembro de 2010
Sim, Valadares
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Esta ideia de publicitar o concetor de uma peça cerâmica valoriza o produto, distingue a empresa e dá outra dimensão à arte.
Foi o que fez a Valadares, pelo que daqui se lhe tira o chapéu em homenagem ao seu profissionalismo.
Esta ideia de publicitar o concetor de uma peça cerâmica valoriza o produto, distingue a empresa e dá outra dimensão à arte.
Mesmo tratando-se de louça sanitária...
Não tenho ações nem comissões desta empresa.
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sábado, 25 de setembro de 2010
Comida de jumento
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Desde a primeira vez que aqui publiquei estas quadras, em Abril do ano passado, chegaram-me dúvidas, interrogações.
Agora, com o certificado científico do Jardim Botânico da rua da Escola Poltécnica, ficam afastadas as hesitações.
Plantas temperamentais
Íamos nós a conversar
conversa de caminheiro
e o Carlos a receitar:
– Receito ervas de cheiro!
Receita dita sem esmero,
foi muito atrevimento;
as ervas não são tempero,
são comida de jumento.
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As ervas ou são daninhas
ou são belas nos quintais.
As plantas sim, nas cozinhas,
temperam, temperamentais.
Manuel A. Madeira
21 de Abril de 2009
Desde a primeira vez que aqui publiquei estas quadras, em Abril do ano passado, chegaram-me dúvidas, interrogações.
Agora, com o certificado científico do Jardim Botânico da rua da Escola Poltécnica, ficam afastadas as hesitações.
Plantas temperamentais
Íamos nós a conversar
conversa de caminheiro
e o Carlos a receitar:
– Receito ervas de cheiro!
Receita dita sem esmero,
foi muito atrevimento;
as ervas não são tempero,
são comida de jumento.
As ervas ou são daninhas
ou são belas nos quintais.
As plantas sim, nas cozinhas,
temperam, temperamentais.
Manuel A. Madeira
21 de Abril de 2009
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
37 anos de dependência extrema
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Declarada independente a 24 de Setembro de 1973, a Guiné-Bissau é, provavelmente, dos países mais dependentes do mundo.
Tem um "governo" que recebe combustível da Líbia para iluminar a capital e arroz da China para alimentar um povo que já foi auto-suficiente.
Não paga aos funcionários públicos durante meses e os militares queixam-se de não terem comida. Está de mão estendida a Angola para pôr a tropa na ordem e lhe matar a fome.
Tem um rendimento per capita de 485 dólares americanos (Cabo Verde tem-no sete vezes superior e é árido, ao contrário da fértil Guiné).
A esperança de vida à nascença é de 46,4 anos (Cabo Verde 71,7) e mais de metade da população é iletrada (CV 19%).
Tudo isto porque é um território sem Estado, graças aos desmandos dos militares e ao desnorte de governantes inqualificáveis.
No dia da “independência” o PR, o PM e o presidente do parlamento estão fora. Por nada haver a comemorar ou foram simplesmente tratar da vidinha!!!???
[Fonte de dados: Wikipédia]
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Declarada independente a 24 de Setembro de 1973, a Guiné-Bissau é, provavelmente, dos países mais dependentes do mundo.
Tem um "governo" que recebe combustível da Líbia para iluminar a capital e arroz da China para alimentar um povo que já foi auto-suficiente.
Não paga aos funcionários públicos durante meses e os militares queixam-se de não terem comida. Está de mão estendida a Angola para pôr a tropa na ordem e lhe matar a fome.
Tem um rendimento per capita de 485 dólares americanos (Cabo Verde tem-no sete vezes superior e é árido, ao contrário da fértil Guiné).
A esperança de vida à nascença é de 46,4 anos (Cabo Verde 71,7) e mais de metade da população é iletrada (CV 19%).
Tudo isto porque é um território sem Estado, graças aos desmandos dos militares e ao desnorte de governantes inqualificáveis.
No dia da “independência” o PR, o PM e o presidente do parlamento estão fora. Por nada haver a comemorar ou foram simplesmente tratar da vidinha!!!???
[Fonte de dados: Wikipédia]
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Ministro amador
As reivindicações dos sindicatos policiais foram satisfeitas e a sua pressão sobre o MAI desativada.
Se podiam ser resolvidas, porquê só agora?
Não foi glorioso para o ministro nem para o governo fazer finca-pé sem razão de ser.
Esperava-se mais de um ministério com a responsabilidade pela segurança dos portugueses.
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Se podiam ser resolvidas, porquê só agora?
Não foi glorioso para o ministro nem para o governo fazer finca-pé sem razão de ser.
Esperava-se mais de um ministério com a responsabilidade pela segurança dos portugueses.
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Difícil classificação
Jardim da Estrela, Lisboa
20.Setembro.2010
O mesmo dirá qualquer mestre-de-obras sobre a alvenaria que a entrapa.
Classificar o conjunto é que já não é pera doce: será ciborgue, enxerto, agressão ou proteção à natureza?
???
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Tributo ao "Tributo tinto 2008"
Se o quiser, não se atrase, que só foram fabricadas 2000 garrafas
O produtor carateriza-o asim
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Cor rubi. Aroma de grande intensidade, complexo, notas de fruto vermelho maduro e amoras, toque balsâmico da barrica. Paladar equilibrado, muito elegante, boa acidez, final longo e agradável persistência
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E assim
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