A Associação dos Profissionais da Guarda diz que os blindados anti-motim que vão ser comprados para a PSP já existem na GNR e que isso constitui duplicação de recursos.
Será verdade, porém, a maior duplicação é a destas duas polícias. A PSP policia os meios urbanos e arrabaldes das grandes cidades e a GNR é a polícia rural, com muitas exceções. E é também a força de reserva do Estado para o caso de a PSP se amotinar. Os políticos não usam esta terminologia, mas o caráter militar da GNR tem essa única finalidade.
A duplicação destas duas entidades, com cerca de 20.000 funcionários cada, deve ser objeto de reflexão, pois consome demasiados recursos. Meios materiais duplicados, quartéis e esquadras, logística, escolas e cadeias de comando paralelas.
Como a salvaguarda de operacionalidade policial é um imperativo imprescindível à sobrevivência da democracia, uma fusão daquelas instituições sugere uma Polícia Nacional com estatuto militar. Por isso, nessa altura, os agentes da PSP que não queiram assumir tal estatuto irão à sua vida.
Nesta época de grande aperto financeiro, estamos no tempo certo para poupar, evitando duplicações. Não foi o que se fez.
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quarta-feira, 29 de setembro de 2010
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