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Recebi esta historieta que tanto pode ser verdadeira como uma simples fábula anti-racista.
Uma noite, pelas 23:30, uma mulher de origem africana, estava apeada numa auto-estrada do Alabama , a tentar aguentar uma valente chuva torrencial. O carro dela tinha avariado e precisava desesperadamente de boleia.
Completamente encharcada, ela decidiu fazer stop ao carro que se aproximava. Um jovem, branco, decidiu ajudá-la, apesar de isto ser uma atitude corajosa naqueles dias de racismo (década de 60). O homem levou-a até um lugar seguro, ajudou-a a resolver a sua situação e arranjou-lhe um táxi.
Ela parecia estar com muita pressa, mas mesmo assim tomou nota da morada do jovem e agradeceu-lhe.
Uma semana mais tarde batiam à porta do jovem. Para sua surpresa, uma televisão enorme era-lhe entregue. Um cartão de agradecimento acompanhava a televisão.
Dizia:
"Muito obrigado por me ajudar na auto-estrada na outra noite. A chuva não só encharcou a minha roupa, como o meu espírito. Foi então que você apareceu. Por causa de si consegui chegar ao meu marido antes de ele falecer. Que Deus o abençoe por me ter ajudado e ter servido outros de maneira tão altruísta.
Com sinceridade, Mrs. Nat King Cole."
Tem um um bom final, uma pedagógica moral de história.
O que não tem é fundamento científico pré-histórico.
Vejamos.
Evidências de DNA mitocondrial indicam que o homem moderno teve origem na África oriental há cerca de 200 000 anos. (Wikipédia)
A ser assim, nascemos em África e espalhámo-nos por todos os continentes. Somos, portanto, todos de origem africana, tal como a mulher de Nat King Cole.
Nem justifica que, pelas bandas do Tio Sam, se apelidem as pessoas de pele mais escura e cabelo lanuginoso de afro-americanas. Há tanto medo da cor… tanto melindre nas convenções!
Pretos, brancos, mulatos ou pardos, como Pero Vaz de Caminha nomeou outros humanos, são convenções, rótulos, classificações.
Mas todos somos gente, isso é que conta. Deixemo-nos de esquisitices com a dose de melanina de cada um!
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terça-feira, 7 de setembro de 2010
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