domingo, 22 de agosto de 2010

Adeus preços celestiais chineses

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As grandes marcas internacionais estão a reforçar a produção de calçado em Portugal, em detrimento da China. Problemas de qualidade e de incumprimento dos prazos de entrega estão na base desta mudança que está a potenciar a produção para "private label". Nike, Adidas, Le Coq Sportif, Armani, Prada ou Versace olham de novo para a indústria portuguesa de calçado porque na Ásia nem tudo corre bem. http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1646172

Ciclo e contra-ciclo são conceitos económicos clássicos e ao ciclo “China ao preço da uva mijona” na indústria estará a despontar o regresso às origens, à manufatura europeia.

A alegada falta de qualidade, essa, a China pode superá-la com facilidade. Tem tecnologias e mão-de-obra qualificadas para isso, mas não há nada que valha à subida dos custos de produção chineses. A monumental injeção de capital japonês, europeu e americano na economia chinesa algum dia se havia de refletir nos custos e aí está a notícia a confirmá-lo. Desta vez trata-se do nivelamento de custos com a produção portuguesa de calçado.

Mas a aproximação continuará noutros sectores, embora a grande distância dos valores europeus. Ainda passarão longos anos até se esbaterem os preços “China celestial”, mas o contra-ciclo aí está.

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