O primeiro-ministro da Guiné-Bissau adiou a visita oficial de dois dias à África do Sul por motivos “de força maior”. Fonte do seu gabinete especificou que, se Carlos Gomes Júnior tivesse viajado, “o país ficava sem os três principais responsáveis políticos”. O Presidente realiza uma visita oficial ao Brasil nos dias 25 e 26 deste mês, justamente nos dias em que Carlos Gomes Júnior iria estar em visita na África do Sul. O presidente do Parlamento encontra-se em visita particular na Europa. http://www.noticiaslusofonas.com/view.php?load=arcview&article=27866&catogory=Guiné Bissau
Há anos, um santomense dizia-me que, para garantir um razoável padrão de vida, tinha de ir ao estrangeiro quatro vezes por ano. Poupava nas ajudas de custo e assim compensava a pequenez do seu salário.
O modelo não era, então, exclusivo de STP e esta notícia deixa transparecer um elevado número de deslocações ao exterior do topo político guineense, o que dá que pensar.
Num país que paga pouco e a más horas aos funcionários públicos, onde os militares se queixam da grande degradação dos seus quartéis, tantas saídas dos políticos são mesmo necessárias? Ou serão também um aconchego ao orçamento familiar?
Os políticos que dão estes exemplos de despesismo não verão a pobreza geral do povo?
Estando o país tão mal, não será isto mais um incentivo à intervenção dos militares?
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