quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Queda iminente

Depois da contundente Carta aberta de ontem, o ainda procurador-geral da República perdeu o pé, sem apelo nem agravo.

Quando magistrados dizem que a hierarquia do Ministério Público está moribunda por falta de capacidade para exercer poderes, Pinto Monteiro fica à deriva, sem bóia.

Mas a acusação de parcialidade, constante do quesito dezoito, equivale a sentença transitada em julgado:

... são por de mais evidentes as dificuldades de um exercício independente do cargo de Procurador-Geral da República.

O que Portugal suspeitava é trazido à tona sem eufemismos e, por mais piparotes que dê, é impossível a Monteiro recuperar o fôlego.

Na hora em que o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público publicou a Carta aberta, a legitimidade do actual PGR esfumou-se.

Ele, que adora aparecer, não tem televisão que o absolva do mais que certo naufrágio.

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