quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Não-pedagogo na Proteção Civil

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Há dias, entrou-me pelo ecrã adentro um hierarca da Proteção Civil com farda camuflada.

Pensei: Estamos em guerra!?

E estamos, de facto, em guerra, numa luta tenaz contra o fogo, mas neste combate os camuflados são proibidos. Mesmo que o dito “protetor” seja militar de carreira, uma coisa devia saber. Os uniformes camuflados servem para camuflar, ou seja, disfarçar, ocultar, dificultar a localização de quem os veste.

Ora num incêndio, quem quer que seja que por lá ande tem de estar sempre bem visível, para sua própria segurança. Daí as cores vivas, amarelas, vermelhas e fluorescentes do equipamento protetor dos bombeiros, para mais fácil contacto visual e não se confundirem com uma carrasqueira e serem abandonados no meio de labaredas.

Mesmo que a criatura em causa não se aproxime dos fogos, seja apenas coordenador de quem sua e se chamusca, deu um mau exemplo.

Não assumiu a pedagogia da segurança individual que salva vidas e evita sofrimento. Ignorou que as palavras convencem, mas o exemplo arrasta.

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