.
Há dias, Narciso Miranda insurgiu-se veementemente contra o PS, que se prepara para o explulsar por ter concorrido contra o próprio partido nas anteriores eleições municipais.
Os partidos têm normas e isso é normal. Sendo igualmente normalíssimo que não permitam que os seus militantes usem o partido como alvo.
Angelicamente, Narciso inventariou razões pífias para camuflar a infração.
Entretanto, o francês Nicolas Anelka, que boicotou o treino da sua seleção e insultou o técnico na recente Taça do Mundo, entende que a Federação Francesa de Futebol, que o puniu com 18 meses de suspensão, não passa de um «bando de palhaços».
Quer o português quer o gaulês estavam à espera de quê?
Violaram grosseiramente os pactos que os ligavam àquelas entidades e só o clima de impunidade reinante explica a surpresa fingida com que reagiram às sanções.
Tanto quanto ouvi, o ex-presidente da Câmara de Matosinhos não foi grosseiro, mas o futebolista reincidiu nos desmandos. Temos, pois, um anjinho com estratégia de sedução e outro anjinho com tática de canelada, ambos a mascarar as transgressões.
Mal estaríamos, nos partidos, no futebol, nas organizações que sustentam a sociedade, em qualquer parte do mundo, se não houvesse um conjunto de regras e nada se fizesse para que fossem respeitadas. Mesmo que etiquetados injustamente de palhaços, os disciplinadores fazem o que têm a fazer. Fazem com que as sociedades funcionem, combatendo a anarquia e o oportunismo.
Alguém tem de travar a chico-espertice dos anjinhos deste calibre.
----
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário